quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Fanfic: Ao Encontro da Morte

Bem, pessoal, essa\ fanfic começa no momento que acaba Death Note, por isso pode conter spoilers, ou não... Mas se ainda não terminou de assistir, agradeço se não ler...
Raito corria desesperado. Se é que aquilo poderia ser chamado de correr... Ele estava inteiramente machucado, cheio de sangue... Morreria mais cedo ou mais tarde...
Foi quando começou a ver coisas...
“Devo estar maluco, tendo alucinações...” pensou. Mas não. Era a vida dele passando diante de seus olhos. Ele não conseguia mais sentir seu corpo. Ele ouviu uma voz que estava bem perto de sua orelha dizer:
–Essa era a vida que você desejava?
Ele olhou para o lado assustado. Não tinha nada ali. Ele tinha mudado de ambiente, estava num ambiente escuro, não era igual o outro. Mas uma fumaça começou a se formar com o tempo, formando o que poderia ser um clone dele. Talvez fosse.
–Quem é você?! – Raito perguntou assustado.
O clone olhou para ele, rindo.
–Já era de se esperar que você fizesse isso, Raito-kun. Faz tempo que não nos vemos, afinal.
Raito assustou-se. Ele nunca tinha visto aquela pessoa. A não ser quando olhava-se no espelho. Ele não falou nada, apenas ficou boquiaberto com aquela figura...
–Eu sou sua consciência, Raito... Fui barrada quando você colocou as mãos naquele caderno.
Raito colocou uma das mãos no ombro. A bala que ali se localizava, não estava mais ali.
–Vo... Você me curou? – Raito perguntou, trêmulo.
–Sim.
–Você foi barrada?
–Lembre-se de quando você chamou o caderno de infantil. Aquilo não foi você, fui eu. Eu achei infantil. Mas você decidiu levá-lo para sua casa... Não fui eu que decidi isso, Raito. Qualquer um que pegasse aquele caderno na mão ficaria assim...
Raito olhou para si mesmo. Ele não estava morto, ainda... Ele estava passando por aquele estágio tão conhecido: “A vida passando em um clique antes da morte”. Ele nunca acreditara que aquilo fosse verdade até aquele momento.
–Ah, Raito-kun. Aquele foi o maior erro da nossa vida.
–Nossa vida?
–Sou parte de você. Mas morri antes que você.
–Se você é parte de mim, tinha que ter morrido junto comigo.
–Não necessariamente. A partir do momento que você segurou aquele caderno, eu não era mais sua consciência. O caderno era.
–Por que você só se refere a ele como: “aquele caderno”? Por que você não fala Death Note?
Quando Raito terminou de falar, uma frecha abriu-se no chão, e, várias mãos seguraram sua perna, o puxando para baixo. Para junto deles.
Raito gritou. A sua consciência colocou a mão em sua testa. Ele não entendera aquilo. Mas, logo, o buraco se fechou.
–O que era aquilo? – perguntou Raito, horrorizado.
–Acho que você sabe muito bem o que era aquilo. Você mandou muitas pessoas para lá.
–Eu só estava fazendo um bem!
–Bem? – a consciência perguntou, alterando a voz – Você mandou muitas almas inocentes para lá, Raito!
–Se são almas inocentes, não vão para lá!
–Você deve saber que até os menores pecados são considerados pecados! E, com “aquele caderno”, não dá tempo das pessoas terem uma conversa com a consciência igual você está tendo, Raito!
Ele pensou bem. Ele sabia que o caderno que o mataria. Então, por que ele estava tendo aquela conversa com a sua consciência?
A sua consciência o encarou, dizendo:
–Raito-kun, agora te mostrarei algumas pessoas que você matou...
A consciência estendeu a mão e riscou o ar, abrindo uma frecha, onde muitos rostos apareceram. Entre eles, para Raito, um destacava-se. Destacava-se também para a consciência.
–O Low... – disse a consciência – Ou L, ou Rideki... Como preferir...
Raito ficou ali, pensando. Aquele nome... Um amigo morto. Um amigo que queria prendê-lo, mas um amigo.
Raito sentiu duas gotas de água molhar seu rosto. Lágrimas que caíram de seus olhos sem que ele percebesse.
–Um amigo que poderia ser aproveitado melhor se você não tivesse o caderno... – disse a consciência.
Raito olhou para si mesmo. Afinal, o que ele era? Um monstro? Com certeza não era um humano. E não poderia considerar-se Deus.
Ele sentiu uma dor aumentando no peito.
–Faltam quarenta segundos... – disse a consciência.
Raito continuou a olhar para L.
–E a Misa-chan? – perguntou a consciência – Ela era apenas uma garota ingênua! Você a usou!
–É, usei... Arrependo-me!
–E ela ainda te amava! Você não tem como se redimir de todos esses pecados, Raito-kun! São horríveis!
Ele sabia que sim. Ele sempre fora motivado a fazer o bem, mas não daquele jeito...
Raito colocou a mão dentro da frecha que mostravam os rostos de quem ele matara. Depois a tirou, era frio e quente, perturbador... Ele perguntou:
–Consciência, já que você ficou sete anos longe de mim, acho que você adquiriu um nome próprio. Como posso chamar-te?
A consciência aproximou-se dele. O rosto dela, antes parecido com o dele, foi substituído por um capuz, que pertencia a uma roupa preta, que, agora cobria o corpo todo dele, uma foice surgiu na mão dela.
–Pode chamar-me de morte.
As duas mãos cobertas pela roupa preta uniram suas forças e colocaram Raito para dentro daquele buraco das pessoas que morreram vítimas do Death note. A morte ficou quase triste. Era ruim ter que matar a pessoa que mais dava trabalho a ela.
–Era só isso que você poderia ganhar, Raito-kun... O que mais você esperava? A glória eterna? O reino dos céus? A chave do inferno? Não se glorifique mais. Amém....

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